INSS NO BURACO!
Descrição da
foto: No centro da foto está Deborah Prates, agachada, com óculos escuros
brancos, blusa também branca, bermuda jeans e tênis dourados. Com sua mão direita,
ela aponta para o bueiro destampado a sua frente, com folhas dentro. Ao lado de
Deborah está Jimmy Prates, olhando para a mão esticada da mesma.
Nove por cento foi o aumento
que o Governo deu aos aposentados para esse 2013. O fundamento? O de hábito;
valendo lembrar a falta de fundos para a Previdência Social. Diz a Presidente
que o "negócio" está quebrado. Será? Desumanamente vêm os Drs.
peritos negando aos humanos a aposentadoria por invalidez, dando-lhes alta do
auxílio-doença por conta dessa ladainha.
O Povo brasileiro, a cada
outubro eleitoral, continua permitindo que a "casa" eternize a
BAGUNÇA por muitas e muitas gerações. Nossos neurônios clamam por oxigênio!
Isso porque é o desleixo dos próprios Governantes que toca a
"fábrica" de deficientes. Chocante!
Em 26/08/2012 tive o desprazer
de mostrar que um dos maiores espaços públicos de lazer do planeta - O ATERRO
DO FLAMENGO - estava totalmente fora dos padrões legais de acessibilidade.
Revejam as imagens clicando no link: http://www.youtube.com/watch?v=QmQps0fy_vk
Com o meu motorista Jimmy
Prates fiz um tour no Parque Brigadeiro Eduardo Gomes, inaugurado em 1965, com
uma área de 1.200.000
metros quadrados , destinados ao lazer, mas que,
verdadeiramente, transformou-se em puro SOFRIMENTO. Foi
construído sobre aterros sucessivos na Baía de Guanabara. Assim, com gigantesco
terreno hiper acidentado a acessibilidade - mobilidade - é praticamente zero. O
parque estende-se do Aeroporto Santos Dumont, no centro da cidade, ao início da
Praia de Botafogo, na zona Sul. Apesar da maravilhosa legislação brasileira que
ordena a total acessibilidade, o Parque do Flamengo continua a "Deus
dará" tanto na ACESSIBILIDADE, quanto na higiene/conservação.
Diariamente cadeirantes são
carregados para a transposição de obstáculos; cegos têm que ser conduzidos, já
que não podem se orientar sem o piso tátil; muletantes, bengalantes, idosos; e,
crianças têm que ser ajudados, vez não conseguirem uma locomoção plena. Enfim,
o Aterro do Flamengo não está apto para recepcionar a maioria dos seres
humanos.
Constatei uma edificação
rotulada como Administração do Parque que, no entorno, acolhia com enorme
conforto mais de 28 gatos contados um a um. O mau cheiro de urina era de tal
ordem que somente as pulgas nativas tinham fôlego para subsistirem. Teria o
Parque sido construído para felinos e insetos?
Ambulantes que ganham suas
vidas no local relataram que é super comum acudirem pessoas que se acidentam no
Parque. Declararam, ainda, ser humilhante prestarem solidariedade para os
deficientes conseguirem se locomover. Aduziram que sempre assistem idosos
chorarem de raiva ante a limitação imposta pela inacessibilidade. Trabalharam
anos a fio para quê? Pagaram a Previdência para quem?
Genuinamente temos fôlego de
gato. Estaríamos na sétima vida? "E agora José?" Queridos amigos,
doem 33 segundos de suas preciosas vidas refletindo sobre as novas imagens das
nossas infindáveis sobrevidas. Mostro - em 13/1/13 - o mesmo bueiro sem
tampa/proteção e repleto de folhas e outros detritos firme e forte a espera de
alguma perna de humano desatento.
Parafraseando a velha e brega
canção intitulada A PRAÇA, cantaríamos: O mesmo Parque, o mesmo buraco;
idênticos problemas no mesmo lugar; tudo é igual, mas estou triste; porque não
tenho você perto de mim...
Confiram em:
http://www.youtube.com/watch?v=js8Qcnd0BgU
Sem dúvida os acidentes oneram,
em muito, a Previdência, pelo que fica o questionamento: Se os Governos
tornassem as cidades acessíveis a Previdência Social estaria a um passo do
buraco? Vamos gritar pelas mudanças e vaiar polidamente os Governantes!
Carinhosamente.
DEBORAH PRATES + JIMMY PRATES