ÁRVORE DE NATAL ATITUDINAL
Jimmy Prates, meu cão-guia, é o retrato da solidariedade. Sem qualquer interesse material, valendo dizer sem consumismos, Jimmy ama a nossa família e nós o amamos como ele veio ao mundo. É nesse exemplo de amizade sincera que desejo a todos os humanos um Natal de paz e amor e um 2016 fincado em dias melhores, como no molde da crônica abaixo.
Conferindo
as estatísticas, ainda em tempos de crise nesse continental Brasil, constatei
que todas as tradições associadas às comemorações natalinas dão conta de que é
a melhor época para os comerciantes auferirem lucro com as gigantescas vendas
de presentes. Poucos humanos lembram-se do verdadeiro espírito do Natal!
Permitimos que a tecnologia nos engolisse. Permitimos que os corações dessem
seus lugares aos HD's. Num clique deletamos a solidariedade, o amor, a ética...
Inacreditável, mas não dá para negar que o capitalismo selvagem conseguiu
engessar os cérebros humanos, de sorte que o TER se sobrepôs ao SER. Faz muito
que paramos de pensar por conta própria; e, por isso, passamos a considerar
como verdade tudo quanto mentes dominadoras pensaram para nós.
Então, façamos nesse dezembro de 2015 um tempo de reflexão.
Repensemos valores, conceitos e maus preconceitos; ponderemos sobre a vida e
tudo que a cerca. É tempo de entender que o ser humano vale por aquilo que é e
faz, e nunca pelo seu estereótipo. Ao invés de somente olharmos para fora em
busca dos defeitos alheios, passemos a enxergar o nosso interior. Melhor
dizendo, exercitemos o autoconhecimento para que tenhamos lastro para nos
autojulgar.
Nesse exercício, de pura acessibilidade atitudinal, após enfrentarmos os
monstros e fantasmas que habitam em nós, ficará fácil olharmos para o outro.
Certamente a magia do Natal se fará! Iremos nos surpreender! Perceberemos os
nossos filhos, os amigos, os vizinhos, as cidades com suas inacessibilidades, o
Brasil, o planeta...
No encontro da ética, fomentaremos a subjetividade e, por tabela, estaremos
aptos a praticar um mundo melhor para todos.
Sugiro jogarmos fora todas aquelas tralhas que tiramos do armário na hora de
montarmos a nossa tradicional árvore de Natal. Luzes, bolas, adornos carézimos
perderam a sua alegria, encanto. As futilidades da publicidade da felicidade
não nos dominam mais.
Cultivemos uma árvore atitudinal. No lugar dos usuais penduricalhos, usemos a
criatividade para pensar plaquetas em diversos formatos contendo palavras de
mudanças. No topo do primeiro galho, sobre a estrela, gravemos, por exemplo, a
sábia reflexão de Mahatma Gandhi: "Sejamos nós a mudança que queremos ver
no mundo". Ou, a ideia de Louis Pasteur: "As mentes decididas
descobrem as oportunidades!" Ou, de Graham Bell: "Nunca ande pelo
caminho traçado, pois ele conduz somente até onde os outros
foram"...
Tenho, particularmente, alguns mantras inseridos na minha vida pós cegueira
que, igualmente sugiro: O que estou fazendo nessa Terra? Eu sou ético? Você é
ético? Nós respeitamos as diversidades como são? Meu coração é inclusivo? Para
que serve a vida?
Viajemos na imaginação. Nossas gaiolas já estão abertas faz um bocado! Tenhamos
coragem para bater as asas e sair da mesmice.
Penduremos pelos galhos pensamentos e palavras de evolução. Concretizemos
pequenas atitudes, sinceras intenções de metamorfose para um Brasil melhor. A
palavra ÉTICA há que estar salpicada por todos os lados; verbetes tais como:
autoconhecimento, autojulgamento, autoanálise, cultura da subjetividade,
solidariedade e tantos mais retirados do baú dos nossos corações hão que
espelhar os nossos projetos para 2016.
Já imaginaram que bacana fazermos uma corrente da árvore de Natal atitudinal
nas redes sociais? Está passando da hora de implementarmos a cultura da
solidariedade para substituir a cultura da superficialidade, não acham?
Também é tempo de refazer planos, reconsiderar os equívocos e retomar o caminho
para uma vida que nos conduza aos ímpares momentos de felicidade plena.
Repensemos no nosso cotidiano, valendo dizer, na dor do existir para, ao final
do amadurecimento tentar encontrar a resposta para a velha pergunta: QUAL O LEGADO
QUE DEIXAREMOS PARA UM BRASIL MELHOR?
Teremos outras 365 novas oportunidades de dizer à vida que de fato queremos ser
plenamente felizes; que queremos viver cada dia, cada hora e cada minuto em sua
plenitude, como se fosse o último.
Todo Ano Novo é hora de renascimento, de florescimento, de viver de novo.
Desejo a todos os humanos uma mesa de Natal farta de reflexões e boas
companhias. Desejo a todos muita força para passar a limpo o passado, entender
o presente e por o pé na estrada de 2016 desvendando um futuro mais promissor.
Desejo a todos os amigos a tenacidade para olhar para a vida e dizer-lhe:
VENHA, NÃO TENHO MEDO DE VIVÊ-LA!!!
DEBORAH PRATES.
Infinitos agradecimentos!!!
ResponderExcluirQuerido amigo, muito obrigada por sua solidariedade. Feliz 2016!
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