domingo, 22 de maio de 2016

Campanha Acessibilidade Atitudinal - vídeo 10 - Cão-guia

Campanha Acessibilidade Atitudinal - vídeo 10 - Cão-guia


 A Guarda Municipal do RJ há que ser mais bem preparada para o trato com a sociedade, em especial com a pessoa deficiente visual e seu cão-guia. Depois de muita luta consegui caminhar na areia com o meu guia, porém o passeio já estava estragado.


domingo, 8 de maio de 2016

Feliz dia dos filhos!



Feliz dia dos filhos!

 Para todas as mães, feliz dia das mães!






Descrição da imagem para deficientes visuais: Fundo preto, com um foco de luz no meio da imagem e, neste foco, uma silhueta de um passarinho voando.


Pensei em nada escrever; afinal, hoje é meu dia e não vou me dar parabéns.


Desci com Jimmy para o primeiro pipi lá pelas 5h30... Subi, limpei-o... Tomei café e voltei para a cama... Levantei novamente e pus-me a escrever; vício bendito! Pensei, refleti, viajei.


Voei nas asas da imaginação. Minha filha dormia... Presente, passado e futuro... A alegria de ler o exame de sangue confirmando a gravidez e o pânico com a incerteza do futuro.


Mergulhei nas ideias, fiquei em transe.


Certamente, este não era bem o planeta que eu gostaria para minha filha; mas será que eu dei tudo de mim para construir/edificar a nova força para somar na transformação tão necessária para um Brasil sem deficiência? Eis a questão e o mistério da fé.


Claro que eu não contava em ser atropelada, no auge da profissão, pela cegueira em ambos os olhos... Vida, caixinha de surpresa! Era como se andássemos no fio da navalha, equilibrando sempre, tensão absoluta, estresse, frio na alma, incertezas...


A deficiência tornou-se, não um problema, mas a nossa nova realidade em um contexto rigorosamente inacessível. Pernas bambas, contudo a esperança jamais pereceu.


Nos primeiros passos na nova realidade deparamo-nos com o assédio moral na escola, lúdica face da violência a que minha filha ficara exposta; dor inenarrável diante da cegueira da direção, que nada via por ser preconceituosa... um local que frequentávamos fazia dez anos, em uma ilusão de que estávamos em uma escola... aprendendo o quê?


Aprendendo a formar maus seres humanos iniciando a adolescência... Absurdamente, eu me sentia culpada.


Viveiro/criadouro de monstros é o nome genérico/técnico, ou seja, o princípio ativo de escolas e que deveria prevalecer sobre a marca comercial na embalagem, à frente das edificações. Daí é que no viver diário estamos sempre trombando com pais-monstros, filhos-monstros, professores-monstros, semelhantes-monstros, gestores-monstros.


Somos o produto desse planetário viveiro de seres cruéis, desnaturados, horrendos, que semestralmente ganham um canudo, chamado diploma em festas de formaturas, feitas nos locais que aprendemos a chamar de escolas.


Estamos, literalmente, como cachorros e/ou bichanos correndo atrás do rabo. Julgo que deveríamos pensar em criar um viveiro de pensadores, concordam? Vamos nos dar às mãos e agigantar a rede da solidariedade; aprender a viver como irmãos; mudar os nossos maus hábitos. Acessibilidade atitudinal já!!!


No Dia das Mães - 08/05/2016 - sou eu quem tenho de render as minhas sinceras homenagens à minha filhota que, aos 12 anos, segurou comigo a inenarrável/imensurável porrada que a vida tinha guardada para nós.


Como bêbadas, na corda bamba, fomos nos equilibrando... Voando... Tropeçando e vencendo... Atirei-me no espaço vazio, no breu absoluto com minha filhota amarrada em minhas asas... E ela aprendeu a voar em tempo antecipado.


O ser humano tem uma inexplicável capacidade de recuperação; estamos em pé e caminhando, cantando firmemente, sem titubeios. Com que facilidade esquecemos que nada é eterno, a não ser o próprio movimento. A felicidade existe e temos a obrigação de ir ao seu encontro, às duras penas.


Troco, na certeza do acerto, o título de Dia das Mães por Dia dos Filhos, para dizer à minha filha: obrigada por ter ficado ao meu lado e me ensinar a plenitude da vida; grata por ter me dado a oportunidade de reciclar meus ultrapassados conceitos e de destruir preconceitos... de me reconstruir. Enxergar com os olhos do espírito.


Feliz dia dos filhos!


Vou agora acordar a minha filhota...

sexta-feira, 22 de abril de 2016

Barrados na Praia do Diabo!



                   Barrados na  Praia do Diabo!

A Guarda Municipal da RJ não está preparada para o trato com a sociedade. É inacreditável, contudo, uma triste verdade.





Descrição da foto para deficientes visuais: Praia do Diabo, com a lua cheia brilhando no topo e algumas nuvens esparsas. Na areia, Deborah Prates está com uma blusa azul clara e legging preta, sentada numa cadeira de praia na cor roxa. a cadeira está virada em direção ao mar, logo Deborah está olhando para trás com um sorriso.
 

O dever da Guarda Municipal é o de executar policiamento administrativo ostensivo, preventivo, uniformizado e aparelhado, na PROTEÇÃO À POPULAÇÃO, bens, serviços e instalações do Município.


Bem, na noite de 21/4/2016, compareci a um evento na Praia do Diabo, por volta das 20:00 horas, e fui impedida por um guarda municipal por conta do meu CÃO-GUIA. O leitor acha que leu errado? Não. Foi exatamente isso que ocorreu.


Fomos barrados tão logo pisamos na areia da praia para participarmos de uma meditação na força da belíssima lua cheia que estava pendurada no céu da Cidade Maravilhosa.


A legislação do guia agasalha o meu direito de permanecer na areia da praia na companhia do meu cão-guia e, é óbvio, do evento público.


Mas, o seu guarda não queria saber da legislação invocada. Repetia e repetia que havia uma lei municipal que proibia cachorro na areia. Como os meus argumentos democráticos (calcados na legislação federal específica) não funcionaram foi que iniciou uma horrível discussão.


Muitos amigos que me acompanhavam e alguns populares entraram no caloroso conflito. Porém, o guarda permanecia inarredável em suas repetições esdrúxulas. E o bate-boca rolou juntamente com a cópia da legislação que lhe entreguei, a qual fora repassada aos ditos superiores.


Que situação triste causada por quem deveria conhecer e cumprir a legislação federal sobre o cão-guia. E está na norma legal da Guarda Municipal que é dever do guarda a PROTEÇÃO DA POPULAÇÃO! Quem é o cego nessa história toda?


O historiador francês Jules Michelet, em seu tempo, já afirmava que não eram as grandes personalidades e sim as massas os principais agentes das mudanças sociais. Nesse diapasão, deixou-nos uma reflexão que se adequa ao não cumprimento das leis em geral:

"Um sistema de legislação é sempre impotente se, paralelamente, não se criar um sistema de educação".


A quem interessa educar os agentes públicos e a população nesse contexto conturbado brasileiro?


Após o choque com a autoridade municipal, tudo terminou a contento com um pedido de desculpas do guarda. Melhor assim. Agora, que desgaste desnecessário.


A experiência acima dá conta do despreparo da Guarda Municipal do RJ no trato com a população. Como os guardas não são alertados para o fato de que há exceção à regra municipal? Como um guarda não ouviu falar na lei do cão-guia? Como esse servidor tem condições de proteger a sociedade se desconhece o elementar? Falta mesmo é treinamento! E os superiores?


A população do RJ está mesmo ao sabor do arbítrio e incompetência da Guarda Municipal.


Necessário mesmo são as campanhas de ACESSIBILIDADE ATITUDINAL.


        Claro que a meditação foi por água abaixo!


A propósito, vale lembrar que o Dia Internacional do cão-guia é a última quarta-feira do mês de abril. Assim, registro, desde logo, as minhas sinceras homenagens a Jimmy Prates que, com os seus bem vividos dez anos, ainda me empresta seus olhos amigos.


Viva meu pessocão! Viva! Feliz dia 27 de abril de 2016!


Descrição da foto para deficientes visuais: Praia do Diabo a noite. Em primeiro plano está o cão-guia Jimmy, deitado, olhando para o mar, que está ao fundo da foto. Ao seu lado direito encontra-se seu brinquedo laranja, no formato oval de uma bola de futebol americano.

quinta-feira, 21 de abril de 2016

Mullheres com deficiência também querem ser personagens!

Eis a grande prova de que as mulheres com deficiência são invisíveis aos olhos das outras mulheres e da sociedade em geral. Ética?! Flagrante prova da SORORIDADE SELETIVA... Também quero igualmente ocupar o meu lugar nesse vídeo. Como a ONU deixou passar essa discriminação? Essa é a questão entre o falar e o agir. Abaixo ao preconceito!


Assim como aconteceu a má atitude (de discriminar) da Coca-cola, essa prática é comum na sociedade brasileira: vide o Plano Nacional de Valorização da Mulher Advogada da CFOAB. Na resolução de 2015 as mulheres advogadas com deficiência foram desprezadas. A república há que ser temperada com a democracia e vice-versa.

sexta-feira, 15 de abril de 2016

Acessibilidade Atitudinal na prática!

Vejam como mudar os maus hábitos não é difícil.

A cantora Luiza Caspary mostrou o que é solidariedade. Relembro que a solidariedade é o sentimento que nos faz humanos. Sonho ainda estar viva para ver outras pessoas, com simples gestos, transformar o nosso Brasil para melhor. Muito bacana quando todas as pessoas com deficiência estiverem incluídas. Ganhe seu tempo vendo o pequeno vídeo. Obrigada. Deborah Prates.




Descrição da imagem para DV's: Luiza Caspary no centro da foto, sentada num banco de madeira claro  e olhando para a câmera com o rosto sério. Está com uma blusa verde de alças e uma calça justa preta com diversas tachinhas douradas formando um padrão. Usa  botas de cano curto pretas e um chapéu também preto. Ao seu lado esquerdo há um violão. O logo do festival VerOuvindo está no canto superior em branco e laranja e as informações para o pecket show com áudiodescrição de Luiza Caspary estão no rodapé. Será dia 24/04/2016, no Cinema São Luiz (Recife).


Festival Ver Ouvindo: http://verouvindo.com/