segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

2019? Brasil!


2019???




Brasil!!!


Solidariedade: é o sentimento que nos faz humanos.


A dignidade da pessoa humana é a espinha dorsal da Constituição Cidadã/1988. Quero que em 2019 todos os seres humanos tenham igual status de PESSOAS.


Assim como as formigas faço votos que trabalhemos 2019 no mote da sinergia. Que a alegria de alguns poucos não se faça com a opressão de muitos. Refiro-me aos muitos seres humanos que integram os grupos sociais vulneráveis; dentre eles as pessoas com deficiência.


Felicidade?!




Até breve.




Descrição da imagem #pracegover: galhos de árvore crescendo do lado esquerdo para o direito da imagem. No lugar de folhas existem vários corações vermelhos, de tamanhos variados. Mais ou menos no centro da imagem, em cima dos galhos, há dois passarinhos em tom de vermelho mais escuro.

domingo, 23 de dezembro de 2018

Mensagem de "boas festas" em tom de conjunção adversativa/2018


Mensagem de "boas festas" em tom de conjunção adversativa: a atmosfera brasileira dá pinta de que o contexto social será marginalizado. É impossível ser feliz em um Brasil que se recusa a resgatar a justiça histórica dos seres humanos que integram os grupos sociais vulneráveis.

Então, enquanto mulher com deficiência sinto-me muito triste... apesar do céu fechado, com fortes indícios de tempestade, tenhamos forças para, segurando a mão uns dos outros, sobreviver a tudo com muito enfrentamento às opressões, ocupação de todos os espaços e resistência às fortes injustiças.

Jules Michelet (historiador francês do século XIX) nos deixou um legado bastante interessante: não são os gestores/governantes/parlamentares os verdadeiros agentes das transformações sociais; mas sim as massas. Tenhamos paciência para nos agruparmos numa grande massa crítica, capaz de nos propiciar a real igualdade de oportunidades para todos os setores da vida.

Para todas, todes e todos, seguem minhas beijas feministas!




***
Descrição da imagem para pessoas com deficiência visual: ponte de madeira com nuvens pretas e carregadas acima. Ao fundo da imagem, no final da ponte, conseguimos ver o céu claro e um filete de sol.

sábado, 22 de dezembro de 2018

Bate-papo com o corpo docente do Colégio Santo Agostinho/RJ


Dia 17/12/2018 tive a honra e a inenarrável alegria de fazer uma palestra para o corpo docente do Fundamental II do Colégio Santo Agostinho/RJ. Foram momentos inesquecíveis, bem como inesquecível foi o café que confraternizamos após a minha fala. Achei os corações bastante férteis. Penso que em breve teremos bons frutos para todos os humanos que integram os grupos sociais vulneráveis. Agradeço a confiança de todo o corpo docente e direção do colégio, em especial ao professor Cesar Bacchim.






Descrição das fotos para pessoas com deficiência visual:
1 - Deborah Prates e todo o corpo docente e coordenação que assistiu à palestra. Fundo de lousa branca numa sala de aula.
2, 3 e 4 - Diferentes ângulos do corpo docente sentado em carteiras de sala de aula e vendados, enquanto ouvem a palestra de Deborah Prates, que encontra-se sentada na mesa do professor, no centro da sala, de braço quebrado em luva preta ortopédica. Há uma almofada laranja embaixo de seu braço.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Humano universal. Existe democracia sem justiça histórica?



Dia Internacional dos Direitos Humanos. No dia de hoje vi inúmeras falas sobre Direitos Humanos. Em todas, percebi que a sociedade funciona ligando a chave do ser humano universal; explicando melhor: aquele humano que está dentro de um padrão ditado como "normal".

O nosso corpo é a nossa única forma de estar no mundo e de interagir com ele. Assim, todos os que fogem as hétero normas estão à margem do padrão de uma sociedade extremamente desigual e preconceituosa. Desse modo, vale uma reflexão para dizer que não existe um padrão para nós, já que todos os corpos, inclusive os com deficiência, fazem parte de um único todo.

Logo, um ser humano universal inexiste, pelo que é uma falácia de uma sociedade que reforça estereótipos focando na matéria e não no ser que habita esta matéria. As diversidades existem na natureza como são e não como a sociedade as idealizou. Como diz o professor Boaventura de Sousa Santos, as causas hão que dialogar para, juntas, enfrentar/lutar e resistir a todo tipo de opressão. Boaventura fala das epistemologias do sul como uma metáfora para indicar os que ficam oprimidos.

Assim, deixo o pensamento de que pessoas com deficiência, de todas as classes sociais, negras, grupos LGBT+, mulheres, indígenas, bem como todos os seres humanos que se sintam oprimidos ou discriminados precisam ir a luta juntos para que a resistência seja consistente.

Sou pessoa com deficiência e sofro com o capacitismo. Penso que ninguém que tenha consciência das injustiças praticadas contra os oprimidos possa se sentir confortável usando uma maquiagem de neutralidade. Impossível ser neutro diante das injustiças sociais. Uma democracia que só garante a maioria e que não faz justiça histórica é covarde.

Continuarei na luta por essa justiça, vez que não aceito a imposição caritativa da sociedade, que me coloca na condição de menos humano, ou seja, de quase pessoa. A Constituição da República tem como seu alicerce a dignidade da pessoa humana, pelo que eu exijo ser tratada como tal.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Três de dezembro - Dia Internacional da Luta das Pessoas com Deficiência

Hoje é o dia reservado para conscientização da luta das pessoas com deficiência. Buscamos a igualdade de oportunidades em todos os aspectos da vida. Incluir é processo de construção de sociedade igual para todas, todes e todos. Assim, incluir é bem diferente de integrar. De acordo com o último censo do IBGE, representamos 1/4 da população. Assim, a cada 4 pessoas, 1 tem alguma deficiência. Somos muitos seres humanos absolutamente invisibilizados pela sociedade brasileira.

Penso que o ponto a ser trabalhado neste dia seja o capacitismo, que defino da seguinte forma: é uma espécie do gênero preconceito que a sociedade dirige especificamente para as pessoas com deficiência, de tal sorte a reduzi-las à própria deficiência. Cruel demais!

A sociedade foca apenas na deficiência e não no ser. Nessa cultura do corpo padrão, fica difícil um ser que habita um corpo diferente ser incluído nessa sociedade tão preconceituosa. É a força do biopoder, da biopolítica, etc... Para este 2018 e neste dia tão simbólico, quero deixar esses pontos na intenção de problematizar a nossa invisibilidade social.