O GESTOR QUER
TÁXI?
Descrição da
foto para deficientes visuais: Mostra a parte externa da estação BRT Transcarioca.
De forma tubular na cor branca, com janelas de vidro, tendo o asfalto a sua
frente.
Numa calçada
na Praça Saens Pena no último domingo por volta das 22h., meus ouvidos viram
berros de aflição e dor. Jimmy e eu logo ficamos contraídos ao perceber que era
de dor.
Luis Fernando, amigo que nos acompanhava
até a estação do Metrô local, rapidamente descreveu a cena. Era um homem sendo
amparado por pessoas em busca de socorro médico. Gritavam por um táxi beirando
o meio-fio. Três humanos, com bastante dificuldade devido ser obeso, tentavam
ampará-lo. Ficamos todos envolvidos naquele desespero e nada de táxi parar!
Nessas horas é que dá para crer o quão
importante é a implementação da ACESSIBILIDADE ATITUDINAL JÁ! Fosse o Sr.
Gestor da RJ mais humano não permitiria a ocorrência de situações similares.
O que tem a ver o Administrador com
isso? Tudo! É que aprovou, sem exceção, o sistema BRT - Bus rapid transit, que
consiste em pistas exclusivas para ônibus com operação semelhante a modos de
transporte sobre trilhos, a fim de melhorar o trânsito.
Acho que glaucoma pega! No período que
denominei "O APAGAR DAS LUZES", final da linha da visão rumo a
cegueira, o devastador glaucoma deixou-me com uma visão tubular. Sabe aqueles
tubos que envolvem rolos de papel? Então, ponha um num olho e feche o outro.
Exatamente assim. Vê-se tão-só o que está à frente. Visão do burro que só pode
ver o que o dono determina. Nada na periferia!
Estamos mesmo engessados/enlatados pela
fôrma da indústria da moda. Seriam as Secretaria Municipal de Transportes
(SMTR) e a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET-Rio) as androides culpadas?
O nosso comandante é um computador? Poxa, fosse assim, o Poder Judiciário não
estaria tão assoberbado. Um programinha básico decidiria todos os casos! Bem
premente mudar nossos hábitos e ordenar nossos neurônios.
Sabido é que a exceção serve para
confirmar a regra. O amigo Aristóteles faz tempo que disse: "A pior forma
de desigualdade é tentar fazer duas coisas diferentes iguais".
Ao sancionar norma que proíbe que táxis,
automóveis particulares, ambulâncias, bem como qualquer automotivo que tenha
por objetivo praticar o bem comum, perdeu - totalmente - a razão o Sr. Gestor.
Por exemplo, na Praça Saens Pena está a concentração do maior número de
consultórios médicos, laboratórios, e afins. Daí é que torna-se DESUMANO a
proibição ser genérica, valendo dizer, sem contemplar situações que colocam em
risco a INTEGRIDADE dos cidadãos.
Pessoas com deficiência e limitações
temporárias, idosos, crianças, estão sendo deixadas num conjunto de
circunstâncias que lhes coloca em risco a própria vida!
Longe de querer instituir a desordem! No
entretanto, existem encontros de acontecimentos que constituem a exceção e que
hão que ser considerados com suas peculiaridades! Elementar dizer que na
interpretação de qualquer norma deve-se levar em conta o coeficiente axiológico
e social nela contido, baseado no seu momento histórico, já que a norma geral
em si deixa em aberto várias possibilidades.
O Sr. Administrador esqueceu que, ao
aplicar a norma ao caso concreto, deveria fazê-lo atendendo à sua finalidade
social e ao bem comum. Não há norma jurídica que não deva sua origem a um fim,
um propósito ou um motivo prático, que consistem em produzir, na realidade
social, determinados efeitos que são desejados por serem valiosos, justos, convenientes
e adequados à subsistência de uma sociedade.
Seria justo pessoa cega, cadeirante,
idosa, recém operado ser despejada em local inseguro? Seria essa a finalidade
da atual norma? Abreviar a vida? Mais econômico para o Estado?
Juntos somos fortes. A união faz a
diferença! Vamos deixar que pessoas de Grupos Sociais vulneráveis corram
desnecessário risco? Podemos mudar essa conjuntura, né? Vamos lhes dar
segurança no desembarque, por ilustração, nas Avenidas Brasil, Ayrton Senna,
Presidente Vargas, N. S. de Copacabana, Rua Visconde de Pirajá, etc..
Tremenda estratégia ELEITORAL, isso sim!
O Metrô, sem dúvida, seria bem mais eficiente, pois romperia com o rodoviarismo
urbano. A população carioca ganharia duplamente. Primeiro por ser de manutenção
enormemente mais barata e, segundo, porque diminuiria o trânsito com redução de
automóveis e ônibus. Como sua construção leva mais de quatro anos, os Srs.
Gestores não querem que os respectivos créditos sejam atribuídos aos seus
sucessores. O BRT é um triste exemplo das obras de gestão, quando deveriam ser
de ESTADO.
Coração! Sim. Essa talvez seja a
palavrinha mágica do momento. O Escritor americano Lyman Frank Baum, no
clássico infanto-juvenil O MÁGICO DE OZ, anteviu por volta de 1910, a situação do gestor
da RJ/2012, quando criou o personagem conhecido pelo HOMEM DE LATA. Acompanhe
trecho do diálogo entre a menina Dorothy e essa figura.
"- Nós vamos à Cidade das
Esmeraldas, falar com o Grande Oz - respondeu Dorothy. - Ontem à noite paramos
aqui para descansar na sua cabana, pois julgávamos que ela estivesse
desabitada. - E o que é que vocês querem com o Grande Oz? - Eu quero que ele me
mande de volta para o Kansas e o Espantalho deseja que ele lhe dê um cérebro. O
Lenhador pensou um instante e perguntou: - Você acha possível que Oz me dê um
coração"?
Preciso falar mais? A resposta coletiva
virá nas urnas no próximo outubro eleitoral. Quem espera, nem sempre alcança!
Convido o amigo a assistir:
http://www.youtube.com/watch?v=iVtVx3v1Juw&feature=youtube_gdata
VOTE EM DEBORAH PRATES
45.200
Nenhum comentário:
Postar um comentário