CÉSIO-137, LEMBRAM-SE?
ACESSIBILIDADE ATITUDINAL!
Descrição da imagem para deficientes
visuais: Num fundo preto, em forma de um trifólio, o mesmo nome que se dá às ervas com folhas em forma de trevo,
aparece um círculo amarelo no meio, com três setores circulares amarelos: um na
diagonal superior direita, outro na diagonal superior esquerda e o outro embaixo. Esse é o símbolo mundial da
radioatividade, onde cada setor representa uma das três radiações (alfa, beta e
gama)
"Todos fecham seus olhos quando
morrem, mas nem todos enxergam quando estão vivos". Parafraseando Augusto
Cury é que insisto em repetir que o pior cego é o que não quer ver.
Quem tem mais de 25 anos talvez ainda se
lembre do medonho acidente ocorrido em Goiânia
com o "CÉSIO-137"; entrementes, quem tem menos de 25, muito
provavelmente, NUNCA ouviu falar no assunto. Então é que vale lembrar de um
aparelho hospitalar que fora descartado num ferro-velho e desmontado por
humanos curiosos como se fora um aparelho elétrico de uso caseiro como, por
ilustração, um ferro de passar. Distante dessa simplicidade! Em seu interior
fora achado uma "lampadazinha" num tom esverdeado prateado,
brilhante, linda! Seria a lâmpada mágica de Aladim? Não. Cuidava-se do perigoso
elemento atômico/ radioativo de nome "CÉSIO-137".
Por total despreparo dos órgãos do poder
público no trato com materiais radioativos, quase 15 dias foi o tempo que levou
para que as autoridades em energia nuclear detectasse o problema. Muitas pessoas
foram contaminadas e as consequências são, até hoje, apesar do inenarrável
sofrimento das vítimas, mal enfrentadas.
Nesse setembro/2012, recordo esses
lamentáveis fatos para ratificar aos amigos que cidade acessível é para todos.
Ué, o que esse episódio tem a ver com acessibilidade?
Tudo! Nessas minhas andanças pela RJ, em
busca da vereança tenho conversado com pessoas que trabalham em clínicas
diversas e hospitais para saber se nesses últimos 25 anos receberam orientações
- de quem de direito - acerca dos aparelhos manuseados. Perguntei, mais
precisamente, se sabiam dizer quais deles continham elementos radioativos, bem
como, em caso de desfazimento, para onde deveriam levá-los. As respostas foram
NÃO.
Então é que pergunto para vocês que me
leem: De que serviu a horrorosa experiência com o "CÉSIO-137", se os
Srs. Gestores/Administradores não capacitaram os técnicos competentes, nem informaram/educaram
a população sobre como lidar com riscos de contaminação radioativa?
Brasileiro é Povo solidário nas desgraças,
no entretanto, os fatos logo caem no esquecimento. Vale nova indagação: Na
possibilidade de novo acidente estaríamos preparados para tomar as medidas de
proteção à saúde pública?
Percebam que falo de conscientização da
sociedade como um todo e não de medidas voltadas para o seguimento das pessoas
com deficiência. Assim, saltam aos olhos de quaisquer mortais que a implementação
da ACESSIBILIDADE ATITUDINAL é para ontem! Ah, outra pergunta: A quem interessa
educar/informar a população? Mais outra: Somos ou não os culpados por tudo de
mal - culturalmente falando - que nos acontece?
Insisto que é a ACESSIBILIDADE
ATITUDINAL o carro-chefe das acessibilidades. Sei que o meu trabalho, por
enquanto, é de formiguinha. Nada obstante, creio nele! Novamente, para a reflexão
de todos deixo o pensamento de Abraham Lincoln. "Ninguém é suficientemente
competente para governar outra pessoa sem o seu consentimento".
Queridos amigos, creiam no potencial da
mulher com deficiência e votem 45.200, em DEBORAH PRATES, nesse outubro/2012.
Carinhosamente.
DEBORAH
PRATES
Muito coerente sua advertência sobre a necessidade de orientar, educar, preparar, capacitar a todos. Tenho aqui no prédio porteiros com cursos que os capacitam a lidar com todos os aparelhos de segurança e também com as pessoas, as crianças e os idosos. Sei o quanto isso é raro. Isso sim deveria ser lei. Eu sempre defendi que um processo educativo bem feito na criança gera nela o sentido de atenção e respeito a todos e a tudo. De formiguinha em formguinha a gente derruba um elefante.
ResponderExcluirQuerida amiga Marisa, adorei a mensagem. Muito bacana constatar que a Terra ainda não está - de todo - perdida. Que venham mais Marisas para, juntas, derrubarmos mais elefantes. Carinhosamente Deborah Prates.
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