"TECNUMANO!”
ACESSIBILIDADE ATITUDINAL JÁ!
Descrição da
foto para deficientes visuais: Ao fundo encontram-se árvores e um córrego, com
o sol incidindo neste. Em primeiro plano, em uma ponte de madeira e corrimão de
ferro na cor marrom, estão Deborah Prates – cabelos cor de mel, blusa branca
sem mangas e calças jeans – agachada e segurando o arreio de Jimmy Prates.
No pipi
rotineiro de Jimmy Prates na frente da nossa casa ouvi:
- Que xixizão!
Era um casal de Cuiabá que
passava férias na RJ. Aliviado, Jimmy dirigiu-se a eles com esfuziante balançar
de cauda. Pós cumprimentos o encontro virou uma festa! Encantados pela honra de
terem conhecido um guia sobrevieram os diversos cliques. A conversa rolou e a
pergunta fluiu:
- Deve ser difícil ser
deficiente na RJ, né?
Percebi que a senhora se
referia as cidades grandes em geral. Interagi :
- Ao contrário! Nas cidades
menores tudo é ultra camuflado, sendo mais flagrante o sentimento assistencial
dos munícipes. Precisamos, para ontem, praticar a acessibilidade atitudinal!
Sabem o que é?
O senhor ficou calado, já a
senhora, em tom pensativo, respondeu:
- Ah, de atitude, né? Sou
psicóloga e já estou entendendo onde você quer chegar!
Que felicidade senti ao
encontrar neurônios receptivos. E o discurso comia solto, livre e firme.
Recordei a tragédia de Santa
Maria. Teria um mês? E, agora, a ocorrência funesta de outro sinalizador
atirado IRRESPONSAVELMENTE por
torcedor do Corinthians. "Kevin", adolescente boliviano, perdeu sua
vida quando torcia pelo seu San José. Ficamos consternados.
Teria o desporto perdido a sua
essência de entretenimento, prazer?
Teria perdido o enlace com a vida para se casar com a morte? Hum! O
amigo entende que houve negligência da administração do estádio que não fez a
necessária revista para a apreensão de material nocivo?
Dia-a-dias constatamos que a
cultura da IRRESPONSABILIDADE vem tomando conta do nosso Brasil. Ao invés de
assumirmos as nossas culpas preferimos transferi-las a alguém físico ou
jurídico. Tanto faz se ao Estado ou ao próximo! Raramente nos esbarramos com humanos
conscientes com relação aos atos que praticam voluntariamente. Faz pouco que
tivemos presidente que NADA sabia; ministros que desconheciam situações óbvias;
fiscais que ignoravam alvarás de casas noturnas vencidos. ...
Até o dia 20 de fevereiro parecia
que os brasileiros haviam aprendido a lição quanto ao perigo de lançamento
amadorístico de sinalizadores quando, subitamente, em novo ato insano e na Casa
alheia, comemora um gol matando um semelhante com idêntica "arma da
alegria"!
A boa ordem e disciplina
estariam ligadas - obrigatoriamente - a vigilância? Precisamos ter a
"polícia" perpetuamente em nosso encalce? Está o nosso juízo
algemado?
O consumo exacerbado retirou a
nossa capacidade de raciocínio. Aumentar os horizontes das pessoas, tornando-as
mais criativas ajudaria com que encontrassem os respectivos quocientes
espirituais, que, de longe, tem a ver com religião. Isso faria com que
encontrassem um novo significado para a vida. Os humanos carecem de novos
propósitos que lhes devolvam os valores éticos a nortearem suas ações. Certo é
que para a felicidade precisamos, tão-só, do necessário. O extraordinário é
demais!
A tecnologia que inventamos
esvaziou a própria vida. Trabalhamos para consumir. É uma vida sem sentido.
Apenas queremos mais dinheiro. Mas para quê? Para quem? Para comprar
sinalizadores? Em filas de fast food nos limitamos a responder aos TECNUMANOS a
comida que desejamos por números. O de trás diz que é o número dois, o seguinte
o número cinco e assim sucessivamente. Nem sabemos qual a surpresa inserida nos
pacotes que recebemos! Vestimos e calçamos o que a indústria da moda nos impõe.
A nossa tecnologia nos aprisionou! Matamos nossos neurônios! Como chegamos a
tal decadência espiritual? Compramos passagem para onde? Desembarcaremos juntos
no BURACO NEGRO? Suicídio coletivo?!
Albert Einsten, no apogeu,
previu o TECNUMANO, quando eternizou
o pensamento: "Tornou-se chocantemente óbvio que a nossa tecnologia
excedeu a nossa humanidade".
Amigos leitores, perceberam que
esse negócio de ACESSIBILIDADE não é limitado às pessoas com deficiência? Não!
CIDADE ACESSÍVEL É PARA TODOS MESMO. Convido-os a uma reflexão quanto à
urgência de praticarmos a ACESSIBILIDADE ATITUDINAL para revermos os nossos
maus hábitos. Vamos oxigenar os cérebros? Quero meu cérebro verde!
Carinhosamente.
DEBORAH PRATES
Bom dia minha amiga! Texto tão amplo! Limitamos demais o termo acessibilidade. Compartilhando já nas redes! Beijos.
ResponderExcluirQuerida amiga, muito grata pela sua solidariedade habitual. Por favor, continue diulgando para que consigamos permear com a sociedade. Carinhosamente Deborah Prates
ExcluirFiquei encantado com seu texto, parabéns excelente analise....quero poder compartilhar mais vezes. Um beijo carinhoso
ResponderExcluirBem bacana de sua parte essacarinhosa interação. Por favor preste grande solidariedade divulgando essa crônica, já que a ideia é envolver todo o corpo social. deixo-lhe um convite, cujo texto está no link abaixo. Carinhsoamente Deborah Prates
Excluirhttp://deborahpratesinclui.blogspot.com.br/2013/02/convite-debate-sexo-amor-e-vida.html